Caro leitor, estamos chegando ao fim de mais um ano, este foi difícil e com muitas restrições, principalmente, para as pessoas idosas.
Eu penso muito sobre saúde e qualidade de vida porque isso é o pilar de uma velhice digna e menos traumática.
A sabedoria nos faz colocar um pé atrás em atitudes porque ninguém quer adoecer e os efeitos posteriores à uma infecção são devastadores.
Para nós gays idosos este foi um ano onde passamos “quase” em branco, confinados, mobilidade reduzida, sem interações sociais, sem amigos e sem sexo, salvo raras exceções.
Quem tem parceiro fixo se deu bem 😂 quem não tem se virou como pôde. Aliás, O confinamento gerou discussões sobre convivência, tolerância e liberdade.
O mundo mix evaporou, hoje bares, boates, saunas e points são miragens nas lembranças de dias felizes. Muitos empresários do ramo fecharam as portas, outros faliram definitivamente e só Deus sabe o que acontecerá em 2021, mesmo alguns points abrindo com maquiagens em protocolos de seguranca, aliás, por aqui protocolo é apenas um documento.
O século XXI, é das tecnologias. A discussão saiu do mundo real para o virtual. Neste ano as redes sociais se transformaram e receberam milhões de novos adeptos, mas a qualidade do diálogo é pobre.
Lacração e cancelamento são palavras do cotidiano porque cada um defende o SEU. Eu não vejo diálogos agregadores de valores humanos. A bolha Queer é o mais do mesmo e a pobreza de espírito é surreal.
Enquanto isso o mundo gira, os gays já nem sabem quem são ou porque são. É uma distopia disfarçada de liberdade.
A tolerância é apenas substantivo feminino no dicionário, porque para a turba não vale a razão e o bom senso, aliás, falta humanidade.
Eu também observo no cenário atual a predominância dos gays jovens e infelizmente sem referências históricas, sem ídolos, sem passado e sem futuro 😪
Perdeu-se o senso de dignidade, todos querem lacrar e biscoitar. A exposição pública da privacidade virou rotina e autômatos pobres dominam as redes sociais. Os gays desta geração insistem em não ouvir, em não falar e em não aprender. É só nudez e sexo.
Em outros tempos o aprendizado era importante e fazia a diferença, fosse numa melhor oportunidade de trabalho ou mesmo permitia relações mais nobres. Hoje tudo é pobre e podre!
Eu me lembro dos dezembros como finais de ciclos, na escola ou no trabalho, virando a página para novas conquistas, uma nova oportunidade para o amor ou pausando as energias para voltar 100% no ano seguinte.
Enfim, quem teve a oportunidade de viver dias maravilhosos não tem do que reclamar e hoje tem que se conformar com uma foda mal dada em cinco minutos de prazer. Fica a impressão de que tudo está ligado em 220 volts, mal termina uma ação e encavala outra, depois outra e outra. Quando à qualidade das ações aí é outra história.
Este ano também foi marcado por intolerância. Os cidadãos estão colocando para fora a sua raiva e a ira contra outros semelhantes, inclusive entre os próprios LGBT. O ódio é reflexo de uma sociedade doente de humanidade e tesão. Daí dizem que são os reflexos do isolamento social 😂
Trans, queer, viado e baitola. Bucetas e pintos dominam o cenário atual.
E lembrar que o gostoso mesmo é beijar, se lambuzar e gozar!