Conto: Meu tio, meu amante

Nas minhas férias eu morei com meu tio solteiro em 1991 na cidade de Ribeirão Preto. Homem simples, mas bonito, pelos no peito e pernas, com cabelos grisalhos e quase calvo, um gostosão!

Um dia ele foi até o mercado e comprou algumas coisas para comermos , ele gostava de beber e comprou também um garrafa de vodka e tomou vários copos. Depois de beber ele se levantou para tomar banho e nisso eu olhei diretamente na sua virilha, ele notou e fechou a cara… fiquei com medo de ele contar aos meus pais, mas ele não disse nada. Acabou saindo de onde estávamos e foi ao banheiro.

Quando voltou tomei um baita susto, ele estava só de cuecas mas não havia tomado banho, aquela cena mexeu comigo, ele com uma cueca modelo antigo, bem surrada, dava pra ver o volume entre as pernas e vários pelos grisalhos até pra fora dela.

Ele se sentou e começamos a conversar banalidades quando o assunto começou a partir para o sexo, ele me perguntou com grande interesse se eu havia feito sexo, eu disse que não.

Ele riu e fez o assunto tomar outro rumo, começou a me perguntar se eu tinha o pinto grande como todos da família, dei risada, mas falei que não era tão grande, vi que ele falava e mexia no pau dentro da cueca olhando pra mim.

Essa foi a dica que eu esperava, acabei tomando coragem e perguntei se o pau dele era grande mesmo, ele me disse assim: é bem grande sim, olha aqui! A cena que se seguiu não sai da minha cabeça até hoje. Ele se levantou quase encostando em mim e abaixou a cueca quase na minha cara tirando um caralho grosso com a cabeça inchada e vermelha com cheiro característico de macho, bem duro, aquele monumento devia ter uns 18cm ou mais…

Ele me falou com cara de sacana que estava a muito tempo sem transar e que por isso estava de pau duro, mas aquela situação de estar com um coroa dos sonhos de pau duro na minha cara era incrível, não resisti e encostei a boca na cabeça do seu pau, não me contive e comecei a chupá-lo com vontade, sem jeito pois não tinha experiência, mas com muito tesão , ele começou a gemer e a me chamar de viadinho, dizendo que iria me foder a noite inteira pois ele sabia que era isso que eu queria…

Chupei sua vara por uns cinco minutos. As vezes ele segurava minha cabeça e socava até a minha garganta sem me deixar respirar. Num dado momento senti ele estremecer e a suar bastante, aquele cheiro de macho suado e o gosto de pica me deixava louco de tesão. Ele segurou forte a minha cabeça e gozou na minha boca, soltando um urro de prazer e não me deixando tirar o pau de dentro da boca me segurando com força.

Engoli toda a sua porra e gozei também sem tocar no meu pau!

Com a chuva ainda forte lá fora, deitamos para dormir, ele estava quieto e eu também, acho que ambos estavam estranhando o que havia acontecido, eu deitei ao lado dele mas não dormi, estava de cueca e ele também…

No meio da noite devido ao frio que fazia acabei me encostando nele, minha bunda encaixou certinho no seu quadril como quem queria continuar a brincadeira. Comecei a esfregar minha bunda nele e não demorou muito seu cacete deu sinal de vida!

Ele começou a se esfregar em mim com força e me beijou a nuca e me deixou com muito tesão. Nessa posição ele tirou as nossas cuecas e cuspiu na mão e começou a enfiar um dedo no meu cu. “- Nossa que dedo grosso, e gostoso”, eu rebolava e pedindo mais, do nada ele me vira de costas, deita sobre mim e fala “- Vou te foder como ninguém nunca vai fazer na sua vida!”, logo depois senti o peso do seu corpo sobre mim, suas mãos abrindo minhas nádegas e algo duro começando a roçar meu cuzinho já um pouco laceado pelo seu dedo…

Senti seu cacete entrar de uma vez, ele socou tudo e começou a me foder com força, o misto de prazer e dor, de ser submisso e de obedecer aquele macho me usando foi incrível, ele socava cada vez mais fundo e suava bastante me molhando com seu suor, depois de saciar nessa posição ele me virou de barriga pra cima, colocou um travesseiro no colchão bem acima da minha cintura, e com minhas pernas em seus ombros teve livre acesso ao meu cu arrombado.

Ele meteu com tudo mais uma vez, as estocadas eram fortes, vigorosas e doloridas, seu cheiro de macho e seu peso em cima de mim me deixaram louco. Comecei a bater uma punheta enquanto era arrombado pelo seu pau. Ao ver a cena ele ficou com mais tesão ainda e estocava forte, tirava o pau inteiro e colocava de uma vez, quando vi seu corpo tremer acelerei minha punheta e pude ter o prazer de gozar junto com ele, com meu cu mordendo seu pau!

Ele deitou exaustou ao meu lado sem antes me obrigar a limpar sua vara.

Depois ele me disse que estava esperando desde cedo eu me entregar pra ele e que já sabia que eu daria pra ele naquela noite, pois via o meu desejo e a maneira com que eu o olhava.

Fiquei mais alguns dias e durante todo esse tempo transamos todas as noites e o meu cu se acostumou com o cacete do meu tio. Era tanto desejo por sua vara que a cada hora eu procurava a sua rola para chupar, mas o melhor era sentir as bolas batendo nas nadegas.Ele sabia enterrar a vara ate os bagos e ai rebolava o cacete dentro de mim. Eu me sentia dominado por ele, era um misto de loucura pois dormia com a minha cabeça entre suas pernas e com o cacete na boca.

Qual não foi minha surpresa quando um dia ele segurou o meu pau e bateu uma punheta! No penúltimo dia ele me chupou e no último dia ele pediu para quebrar o seu cabaço. Eu fiquei perplexo porque ele tinha jeito de homem rude, me comeu umas quarenta vezes,mas ele me confidenciou ter vontade de ser enrabado desde a juventude. Tirei a virgindade depois de umas dez tentativas e foi de quatro, ele urrou e gritou de dor, mas pediu para enterrar tudo e disse: está consumado!

Meu tio foi o melhor amigo e amante. Suas características físicas eram parecidas com o ator Bobby Hoskins, apenas mais alto e com barriga saliente. A partir daquele mês na sua casa eu fui seu macho e ele o meu. Ele gostou tanto de dar o cu que tinha ciúmes quando algum homem maduro olhava para mim.

Enfim, nos tornamos amantes, ele me amou de verdade durante dez anos até o dia da sua morte em 2001,aos 67 anos.

A doce ilusão dos gays

doce ilusão

Caro leitor, tudo na vida passa: a infância, adolescência, os amores e os sonhos.

Quando descobrimos a homossexualidade enraizada nos nossos desejos, sofremos e internalizamos uma gama de situações que nos acompanharão ao longo da vida.

Primeiro tratamos de contornar os problemas familiares, alguns assumirão publicamente a homossexualidade e a maioria ficará dentro do armário.

Os corajosos sofrerão durante algum tempo, haverá rejeição em vários segmentos da sociedade a começar dentro de casa, porque é mentira dizer que assumir resolverá seus problemas, pode amenizar. Esse ato trará consequências boas e ruins. Ao assumir o gay acredita estar se libertando dos seus segredos e viverá uma vida plena. Mentira!

Os enrustidos sofrerão durante algum tempo, haverá rejeição em vários segmentos da sociedade. O ato de não assumir trará consequências boas e ruins. Ao não assumir o gay acredita estar dentro da heteronormalidade e seus segredos jamais virão à tona e viverá uma vida menos traumática. Mentira!

Assumindo ou não o gay sofrerá sempre porque não existe o mundo certinho, nem mesmo para o heterossexual. A doce ilusão da tolerância nos acompanha durante toda a vida, mas seguimos adiante com uma porção de dúvidas e incertezas.

A palavra chave da nossa vida é Desejo. Essa delícia de prazer transforma nosso comportamento, nos consome em brasa incandescente e nos faz agir por impulso, loucos de tesão por outro corpo. É a doce ilusão mais gostosa da vida!

Alguns querem encontrar um parceiro para chamar de seu e lá no fim da vida perceberão que uma infinidade de homens dormiu na sua cama. Alguns amantes, companheiros ou maridos e sempre haverá um fim de caso ou de relacionamento.

Outros tentam driblar o destino, fazendo coisas medonhas como a compulsão ao sexo com anônimos em saunas, hotéis e motéis, porque ninguém leva um estranho para a sua casa. Tudo bem! É outra forma de criar doces ilusões. Eu mesmo já fiz dessas coisas, entrava vazio e saia quase deprimido depois de gozar, uma, duas ou três vezes.

Na juventude tudo é lindo! Buscar um parceiro, se relacionar afetivamente e fazer muito sexo. Alguns preferem amar mais de um, é o que hoje se chama de poliamor, tudo besteira, porque isso sempre existiu afinal ninguém é dono de ninguém. Alguns gostam outros não porque somos seres únicos com desejos e vontades únicas.

Os jovens que gostam de homens mais velhos sofrerão mais porque em algum momento no futuro, pela ordem lógica da vida, o gay idoso vai partir para outro plano. Então, lá vai ele novamente em busca de outro parceiro idoso. Sem contar que a maioria dos idosos é quem rompe a relação antes de morrer, porque eles querem viver outras sensações, outras doces ilusões, deliciosas e maravilhosas noutros corpos.

Os seres humanos são colecionadores de corpos!

Os gays vivem numa roda gigante quase infinita, é uma ilusão a cada dia, mas ainda assim é gostoso sonhar, se iludir e viver como se tudo fosse eterno.

Eterno é o momento presente, portanto é necessário viver um dia de cada vez porque tudo acaba, se transforma, envelhece e a terra ou o fogo consome.

Eu já vivi quase sessenta anos, tive alguns relacionamentos fixos, outra centena de parceiros, eu amei muito e até mais de um ao mesmo tempo. Hoje a minha vida se resume ao que sou, com memórias lindas para contar, mas triste porque todos os homens que amei, todos os parceiros que transei já morreram, estranho não?

É uma sensação de impotência frente à vida finita.

Um amigo mais velho do que eu, diz que a vida é uma doce ilusão porque no redemoinho de emoções nos envolvemos com uma infinidade de homens e no fim acabamos sozinhos, pagando sexo barato, se entregando ao primeiro que encontramos no caminho, para satisfazer os desejos homossexuais.

Ele conclui que nada é mais frustrante depois de realizar sonhos durante cinquenta anos e se perceber impotente fisicamente, com a testosterona em níveis baixíssimos e que nem a reposição hormonal traz de volta aquela deliciosa sensação do gozo.

Portanto, se você é jovem viva a doce ilusão da vida, ame ou transe com homens, um de cada vez ou vários ao mesmo tempo, o que importa é você envelhecer e ter memórias para lembrar porque a vida é um segundo no relógio do universo.

Se você é maduro ou idoso sabe do que estou falando, mas não desista dos sonhos, das doces ilusões porque é isso que nos dá força interior para seguir adiante. Nada de ficar na janela vendo a vida passar.

Transforme o rosto sério num rosto sorridente porque as doenças sempre chegam com a idade e vivemos num mundo cientifico que nos prolonga a vida.

Curar as feridas da vida é buscar doces ilusões!

Quem vive em constante movimento não tem problemas psicológicos, leia, use a matemática para desenferrujar o cérebro, isso evita doenças degenerativas do cérebro.

Bem, quanto ao sexo, tudo na vida tem limites e tudo é finito.

Uma ótima semana para você

Um garoto gay vindo do interior

zaza

A vida dos gays sempre foi difícil, principalmente, para aqueles que residem em cidades do interior do país.

Movidos por um desejo de liberdade e para fugir da família e da homofobia, a maioria migra aos grandes centros, principalmente, Rio de Janeiro e São Paulo,

Isso não é um fenômeno recente e ocorre desde os primeiros anos do século XX. Pesquisando observei que quase não existem registros do século XIX no Brasil, principalmente relatados pelos homossexuais.

Lendo o livro: Frescos Trópicos, encontrei um registro interessante que compartilho com os leitores.

Resumo rápido do meu passado:

Foi em 1927 que eu fugi de uma cidade linda do interior chamada São Carlos, cidade onde eu, garoto ainda, cheio de ideias tolas, pensando em um mundo de belezas e de gozos, já via que era possível satisfazer os meus desejos. Fugi, então, para a capital que eu julgava ser um pedaço de Nova York, que costumava ver em filmes e que eu via sempre em fotografia, com a sua beleza artificial.

De fato, achei-a linda, movimentada, buliçosa, quando a vi de perto.

Cheguei e tratei logo de colocar-me, sem a ajuda de parente nenhum, tendo conseguido o lugar de ajudante de limpeza em escritórios e apartamentos.

Nesse emprego eu notava, porém, a delicadeza e a bondade interesseira dos requintados donos dos apartamentos e dos escritórios, sendo que diversos desses senhores tinham o cinismo de dizerem a mim: “Você, garoto tão bonitinho, querendo morar por minha conta, não precisa mais trabalhar. Garoto bonito em São Paulo não precisa sacrificar-se tanto assim”. E eu timidamente esquivava-me, sem lhes responder sequer uma palavra.

Mas aquelas palavras ficavam em minha memória; palavras aquelas que seriam, mais tarde, a minha desgraça e que me tornariam um defeituoso físico e um defeituoso moral.

O tempo ia passando e eu com o tempo fui compreendendo todos aqueles senhores interesseiros. Um deles, o mais incansável, um senhor já dos seus 40 anos, queria, por toda força, deturpar-me, comprando-me presentes lindos, dando-me dinheiro que eu nem sabia em que gastar.

Mas, se eu os aceitava, era porque já estava cedendo a ele o que ele desejava.

Foi então, isto já era principio de 1928, que numa noite ele agarrou-me e beijando-me com frenesi e minha boca virgem, fez com que eu tivesse a impressão de que se desmoronava tudo em mim. Ao seu calor, ao sentir os seus lábios quentes que colaram aos meus, entreguei-me de corpo e alma e ele fez de minhas carnes ainda jovens o que entendeu que devia fazer.

Eu poderia resistir por mais tempo, sem fazer esta loucura…Mas o beijo em minha boca… Senti que era incapaz de defender-me de suas garras.

No fim desse ano de 1928 voltei para a minha cidade, sendo que lá não pratiquei nada dessa maneira de gozar com homem, devido estar perto da minha família. Não esqueci porem, aquele gozo emocionante, o gozo de um homem saciar-se de minhas carnes e eu saciar-me daquele membro que já tinha manchado a minha mocidade de rapazinho.

Chegou 1930. De novo volto à Paulicéia e já bastante saudoso, comecei a prostituir-me com todos os homens que me faziam a corte. Tornei-me vaidoso, chegando ao ponto de julgar-me mulher. Já depilava as sobrancelhas, empoava-me, passava batom nos lábios e saia para a rua à cata de homens, que logo me seguiam. E não era um, eram muitos.

Escolhia, então, aquele que mais me agradava e continuava eu a fazer de minhas carnes o mesmo que fazem as mulheres que vendem o seu corpo. E fazendo os meus castelos de ilusões, ia, eu mesmo, atirando-me cada vez mais no lodo, este lodo mais do que podre, imundo.

Em 1931, embarquei para o Rio de Janeiro. Lá chegando, todos admiravam a minha juventude e todos queriam gozar nela.

Fui morar numa hospedaria, onde eu recebia os pederastas ativos. Nessa mesma hospedaria moravam dezenas de passivos. Alguns já velhos; outros doentes, quase podres em vida; outros gozando do bom e do melhor, enquanto alguns, sem roupa para vestir, eram obrigados a pedi-las emprestadas.

Havia dias que eu recebia tantos homens, que o meu ânus ficava tão dolorido, a ponto de precisar banhar-me em água quente e sal grosso, a fim de poder estar bom à noite para recomeçar a vida que eu gostava tanto e a minha cabecinha oca achava que aquilo era uma coisa do outro mundo!

Chegou o ano de 1932 e fiquei doente, mal de vida, tendo, porém, a sorte de restabelecer-me logo.

E cai, de novo, na farra, com mais sede ainda, porque tinha ficado dois meses longe do mundo, longe dos membros que me davam tanto prazer, tanto gozo. Começou, então, para mim, aquilo que eu tinha deixado por estar doente.

Passava o tempo, passava, também, a minha juventude.

Uma ou duas vezes por mês eu tomava de dois a três dias de prisão. Nesta eu ficava quase sem comer, só me alimentando de água e pão, por não querer me alimentar com comida de preso.

As tristezas e as desilusões já estavam aparecendo em minha vida. Porem, eu sempre firme, resistia a tudo. Nada me desacoroçoava e nada fazia com que eu abandonasse esta vida.

Volto para São Paulo em 1933. De novo a mesma vida, agora mais sossegada, por não ter aqui tantos pederastas ativos como no Rio.

Procurei, então, o meu homem, que tinha feito em minha carne a vacina da pederastia, da desgraça e da desonra.

Ele cinicamente pegou no meu membro, fez com que ele se endurecesse e exigiu, depois, que eu colocasse no seu ânus. Eu, então, gozei nele e fiquei boquiaberto ao perceber que havia me entregado a um homem que não era completamente macho e que era, sim, um passivo como eu. Compreendam-se esses homens, pensei eu.

Sai da cidade, fui para Santos e voltei de novo para esta Paulicéia querida, onde vivi o ano de 1937 e estou vivendo agora o de 1938.

Não tenho mais amado a mais ninguém. Nem quero amar; estou farto. Quero a liberdade.

Prisão, só quando o delegado de costumes quiser me ver e, então, fico lá alguns dias, guardando, sofrendo, pagando os meus pecados e ainda alguns pecados de meus antepassados, que foram barões e baronesas, ao passo que eu sou simplesmente um passivo sem remédio e sem esperanças de deixar de ser repudiado; eu sou Zazá das noites quentes ou frias desta Paulicéia querida!

Estou com 24 anos e acho que estou envelhecendo antes do tempo, devido às muitas prisões injustas, amores loucos e desenfreados que eu tive para poder cumprir o meu destino e sentir o que as mulheres sentem, isto é, o prazer de gozar com o membro do homem, o membro que ainda adoro como adoro a minha liberdade.

Nota: Este relato é um dos raros registros escrito por um homossexual daquelas décadas para um psicanalista.