Não passe pela vida sem fazer “banheirão”

Caro leitor, a prática é conhecida no meio gay como uma das formas de abordagem para sexo homossexual. Na linguagem LGBT praticar banheírão é uma interação entre homens com apalpadas, sexo oral, masturbação e até penetração em banheiros públicos, geralmente de shoppings, mercados, rodoviárias e estações de transporte público.

A prática não envolve apenas gays e boa parte dos adeptos, talvez a maioria, é de pais de família acima de qualquer suspeita. Talvez, os mesmos que usam a homofobia como disfarce para os instintos sexuais mantidos em sigilo. São homens viris, trabalhadores braçais, com pouca escolaridade e muitos michês enrustidos.

Quando você se depara com os homens no roteiro dos banheiros você percebe serem homens comuns, pouquíssimos afeminados, a maioria trabalhador das classes sociais mais baixas. É nesse universo que o fetiche se mantêm há décadas ou até séculos.

Mas o perfil dos frequentadores dos banheiros está mudando. Nos lugares mais visados, como estações de metrô, a repressão acontece através de cartazes alertando para a possibilidade de prisão por ato obsceno e atentado ao pudor público.

Seguranças e funcionários da limpeza são orientados para fazer o monitoramento, inclusive fiscalizando os reservados. Mesmo assim, os homens burlam as regras e é quase impossível ir a um banheiro sem perceber manjadas com segundas intenções.

A mudança do perfil dos adeptos da prática está vinculada ao perfis em redes sociais com dicas dos locais mais seguros para fazer “banheirão” nas grandes cidades do Brasil.

Em grupos de Whatsapp, homens trocam informações e marcam encontros para a broderagem anônima.

No caso da cidade de São Paulo que é o campeão nacional da prática de banheirão, a Secretaria de Segurança Pública alerta para evitar se envolver com estranhos, seja em banheiros públicos de Metrô, rodoviárias e estações de transporte de massa, bem como, em shoppings, feiras, bares e restaurantes para evitar roubos e furtos, bem como, chantagem financeira.

O mundo mudou e hoje qualquer deslize é motivo para violência, agressões físicas e verbais. O mundo conectado é um instrumento para denúncias e exposição pública sem nenhum consentimento.

A prática do banheirão sempre envolveu riscos mas em outros tempos era mais seguro e hoje com tantas tecnologias a prática chega a ser intimidadora.

O saudosismo fica por conta de outras épocas, menos violentas, onde buscar um corpo, um pinto ou uma relação sexual dentro de um banheiro público era anormal, mas possibilitava muito aprendizado nas técnicas de abordagem, onde o medo dava lugar a um palpitar de um coração acelerado e onde os olhos se deliciavam com cacetes roliços à mostra nos mictórios e onde o desejo por um corpo masculino ia além da fantasia.

Quem passou por esta vida sem nunca experimentar o banheirão perdeu a oportunidade de vivenciar o mercado gratuito do sexo, porque os mictórios são pequenos supermercados com uma infinidade de homens de todas as cores, com pintos de todas as formas e tamanhos. É dentro de um banheiro público que o sexo gay é pleno em sua essência e onde temos a oportunidade de presenciar o sexo básico em sua forma mais primitiva.

Como chupar um pau sem remorso

Nos dias atuais eu tenho a impressão de que nenhum gay gosta de chupar um cacete e fica a impressão que todos são masculinos e machos

E saber que até as mulheres chupam paus é incompreensível o comportamento social dos homossexuais.

Eu observo muita frescura e ninguém quer se sentir inferior por chupar um pau, logo todos quase sem exceção não falam sobre o assunto.

Mas, também todos quase sem exceção gostam de chupar um belo pinto e não conheço ninguém que um dia desprezou pelo menos uma leve lambida no pau do parceiro.

Já escrevi aqui no blog sobre o culto ao falo e o que leva ao ato de chupar é uma combinação de desejo versus a confrontação “cara a cara” com o pinto.

Uma coisa é certa, pintos pequenos ou moles não despertam desejo de serem chupados e o tamanho é o principal motivo para cairmos de boca e lambuzar uma vara dura.

No imaginário popular o pau sempre nos aparece duro, roliço, carnudo, grosso ou comprido. Combinando o membro com as características físicas do parceiro se cria o cenário ideal para realizar o ato da felação.

Um pinto duro e ereto cercado por pelos pubianos é um convite para abocanhar e se lambuzar de prazer, a cabeça invariavelmente fica rouxeada, lisa e brilhante, o membro carnudo destaca as veias e o canal da uretra, os jovens preferem depilar e os maduros já não se incomodam com os pelos que ficam brancos com os passar dos anos

Muitos gays tem vergonha de dizer que chuparam um pau e alguns sentem remorso após o ato, mas tudo isso é besteira porque faz parte do cotidiano sexual entre homens.

Se você pesquisar vai encontrar muitos textos, contos e histórias sobre chupar ou ser chupado e os relatos vão desde simples fantasias sexuais até atos violentos como engasgos, falta de ar e porra descendo garganta adentro.

No mundo real das relações chupar um cacete é parte integrante do sexo apesar de existirem gays que não gostam de ser penetrados e preferem chupar e masturbar o parceiro, mas o ato de chupar não está relacionado ao ato de ser passivo porque muitos ativos adoram brincar com um pinto porque o tesão é motor propulsor do ato.

Caro leitor, gostar de chupar um pau é uma coisa normal e quem gosta sabe disso, é uma preferência e pronto. Muitos passam vontade porque tem medo de assumir este papel na relação. Acredito que os chupadores são maioria na população homossexual masculina.

Eu conheço alguns homossexuais que passam meses e até anos sem chupar porque tem medo e remorso de serem chamados de viados ou ser taxado de chupador nos círculos de amizade.

Se você gosta de chupar não tenha vergonha. Tudo na vida é questão de conversa franca e sincera. Seja sincero com o seu parceiro, mesmo que seja apenas uma ocasião e nada mais. Também, não vale ficar remoendo o ato sexual e criando situações psicológicas negativas.

Se você chupou o pinto do parceiro, observe o seguinte:

  1. O pênis estava de acordo com o que você imaginou?
  2. O parceiro além de manter o cacete ereto soube te fazer chupar gostoso?
  3. O ato durou alguns minutos ou você nem percebeu?
  4. Você se sentiu realizado?
  5. O parceiro gozou?

Isso não é um teste, são situações normais na relação com felação, o que importa é o seu prazer e o prazer do parceiro.

Portanto, viva sem remorso que é um sentimento experimentado por gays que acreditam que cometeram uma ação que infringe um código moral. O remorso é mais intenso que a tristeza e implica um estado de longo prazo. Ao mesmo tempo sugere um grau de resignação o que atribui ao remorso certo grau de dignidade.

Chupar é gostoso, para muitos é maravilhoso e a maioria vai concordar: Não existem barreiras ou tabus quando o assunto é sexo.

Cuidado! Nunca se apaixone por um cacete, exclusivamente para chupar, pois existem outras formas de fazer sexo.

Distopia e isolamento dos gays

Caro leitor, neste último mês o isolamento me fez pensar sobre a condição humana e principalmente dos gays.

As questões humanas são complexas e a falta de contato, além de gerar ansiedade, cria uma sensação de opressão e desespero.

A maioria dos gays idosos sofrem com o isolamento atual, muitos entram em pânico e confinados pensam na doença de forma sistemática e até na morte.

Já os gays jovens se rebelam contra o sistema e saem as ruas de forma aleatória. Um estudo britânico informou ser imprescindível neste momento não sair do armário porque as pressões familiares tendem à reações brutais como expulsar os filhos de casa e o destino é a rua e é aí que mora o perigo.

Neste momento de estresse não é possível prever as atitudes, bem como, os pais ou familiares podem reagir de forma negativa e violenta.

Outro estudo indicou ser importante aos gays mais velhos buscar opções de entretenimento como leituras, TV e música, os pilares sustentáveis do equilibrou mental e que confortam o espírito porque ninguém muda o comportamento dos adultos em idade avançada.

A minha geração tem o privilégio de usufruir das tecnologias para buscar soluções e passar o tempo diminuindo assim os efeitos deste longo isolamento. Meditação também é um bom remédio.

Enquanto escrevo estas linhas o meu companheiro está varrendo a varanda da casa aqui na chácara. Isso ajuda a passar o tempo e minimiza possíveis efeitos mentais negativos, mas nem todos tem esse privilégio pois a maioria está isolada em apartamentos.

Eu não posso afirmar com certeza, mas a prevalência de gays vivendo sozinhos é grande, a minoria está neste isolamento com o amante, o caso ou o companheiro. As relações estáveis não garantem companhia por 24 horas.

Ocupar o tempo é um desafio porque sem fazer nada as horas não passam e além das tarefas da casa é legal buscar alternativas sexuais através de nudes nas redes sociais, filmes homoeroticos e imagens capturadas na internet podem aguçar sua imaginação e você pode gozar quantas vezes quiser, mesmo que seja na masturbação.

Talvez você pense que o Regis só pensa nisso, mas é isso mesmo! Muitas vezes nos esquecemos das coisas simples e essas atitudes contribuem para amenizar essa distopia. Já publiquei um conto para aguçar a imaginação dos leitores e sexta-feira publicarei outro.

Caro leitor, tenha um ótimo dia! 👍🏻