Caro leitor, é incrível como as pessoas são desinformadas e entram em discussões sem conhecimento de causa. Portanto, decidi escrever com mais detalhes sobre o Criança Viada.
Origem:
Criança Viada surgiu em 2011, na plataforma da rede social Tumblr.com. O canal foi batizado por Cainho um dos primeiros frequentadores da página que foi administrada pelo jornalista Iran de Jesus Giusti.
A página recebia imagens dos internautas quando criança, em sua maioria gays e as frases que acompanhavam as fotos eram escritas por Iran.
A intenção era celebrar as imagens e fotos, que durante toda a infância eram motivos de xingamentos e violência.
Gravuras:
A artista cearense Bia Leite, soube como ninguém transpor para as telas em forma de gravuras coloridas e alegres as principais imagens do Criança Viada, tanto que sua obra ganhou prêmios e chegou a ser exposta no XIII Seminário LGBT, Brasília 2016.
As principais obras são: Travesti da Lambada, Deusa das Águas, Adriano Bafônica e Luiz França de She-há. Nas telas todas as crianças sorriem e os textos enaltecem as crianças desviantes chamando-as de deusas ou nome de super-heroínas.
Polêmicas:
Enfim, sobre o rebuliço dessas obras na exposição do Santander Cultural, deu no que deu e virou manchete nacional e até internacional, por conta de textos distorcidos e com associação à pedofilia. Como eu disse no post de ontem, isso tudo tem cunho político, moralista e religioso.
Nada do que disseram é verdade porque esse povo de merda não conhece nada, e mais especificamente o que acontece com suas crianças. Todos nós gays já fomos criança um dia e somente nós sabemos nossas alegrias e tristezas da infância.
Quase ninguém tem a mínima ideia de que a nossa identidade se inicia na infância e desde cedo reprimimos nossa identidade e nossa forma de ser neste mundo por conta, principalmente, do bullying.
Trabalho Social.
Caro leitor, se você não sabe o jornalista Iran Giusti faz um trabalho social maravilhoso na Rua Condessa de São Joaquim 277, no bairro da Bela Vista em São Paulo.
Iran nasceu em Pirituba na periferia de São Paulo, de família humilde conseguiu seguir nos estudos. Formado em Relações Públicas na FAAP, Fundação Armando Alvares Penteado, jornalista por profissão e está conduzindo uma revolução em sua vida e na dos moradores da capital. Em 2016, saiu de um emprego fixo no site BuzzFeed e decidiu abrir o Casa 1, um centro de acolhimento para o público LGBT.
O começo dos trabalhos ocorreu em 2015 quando ele abriu as portas do seu apartamento para receber pessoas LGBT que foram expulsas de suas casas e estavam desabrigadas.
Iran é um empreendedor nato, um ser de luz e faz o que gosta para tornar o mundo à sua volta melhor.
Facebook do Casa 1:
Quem quiser colaborar ou se associar, visite o site de crowdfunding benfeitoria