Caro leitor, tenho quase 62 anos de vida e desde os meus 15 anos eu observo e acompanho quase todos os ditos “movimentos gays”.
O que aconteceu em 1969 no Bar Stonewall foi um dos raros acasos da vida, na hora e local certos. Num momento de guerra do Vietnã, liberdade sexual, drogas, Panteras Negras, feminismo e muito Rock and Roll.
Não era apenas os Estados Unidos que estava em transformação, mas a Europa, Ásia e a América do Sul. O mundo estava em transe e com profundas transformações, exceto países com dominação religiosa.
O que aconteceu nas décadas seguintes foi consequência das mudanças culturais, pois a sociedade se transformou. Aqui no Brasil importamos modelos do ativismo americano e com os vícios latinos.
A partir dos anos 1990, os movimentos sociais em prol dos gays e lésbicas ficou colado ao Partido dos trabalhadores e isso não ajudou em nada porque os representantes políticos atuavam em causa própria para ter poder e usaram as minorias como fachada, ou seja, ganharam cargos públicos com altos salários e não deram nada em troca e os trouxas dos eleitores sempre ficaram a ver navios.
Excessão à Marta Suplicy, única mulher a buscar nossos direitos em âmbito nacional com alguns resultados positivos.
O que aconteceu depois da virada do milênio teve um impulso dado pelas tecnologias e então apareceram os políticos gays, homens e mulheres, a maioria em partidos de esquerda, a mesma esquerda que usou as minorias a seu favor.
Nos últimos anos os gays sairam do armário e surgiram os gays de direita e nesta polarização a individualidade ganha e as minorias sempre perdem.
Obviamente, existem organizações sérias, mas se você olhar ao redor o discurso é sempre com fins políticos e os movimentos são cartilhas prontas. O Brasil possui centenas de ONG, muitas trabalhando com pequenos grupos bem específicos e sobrevivendo de doações, outras tantas fecharam as portas porque sem dinheiro não se faz nada.
Uma tal de Aliança Nacional LGBTI+ está ai desde 2003, é mais uma pedindo doações, com missão, visão e valores, e de suas fileiras alguns políticos hoje ocupam cargos públicos.
No início era GLS, depois LGBT, aí virou LGBTQ, agora é LGBTQIA+, ou seja estão sempre buscando uma variável nova dentro da sexualidade para aumentar a plataforma de eleitores. O que era apenas gays e lésbicas e simpatizantes, virou uma mistura de orientação sexual e identidade de gênero porque as bichas se acham no direito de ser pansexual ou queer ou seja, hoje é homem e amanhã é mulher. Isso na minha adolescência era ser gilete 😂
Hoje vemos na política: Homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais e cada qual defende o seu mundinho de merda que em nada vai mudar a minha ou a sua vida, principalmente os maduros e idosos.
Disse João Gimenez no Twitter: Quem já frequentou espaço de militância já sentiu uma energia pesadíssima de pisar em ovos com medo de ser julgado e humilhado por ativistas que se julgam superiores e se escoram em movimentos sociais.
Hoje os movimentos identitários se confundem com militância e política e quem perde sempre são LGBTQIA+. Outro destaque: Orientação sexual não tem relação com identidade de gênero.
O foda da militância é porque num primeiro momento são uns malucos de cabelo colorido e piercing falando de liberdade, nova sociedade e questionando abuso, tudo parece lindo e democrático, demora pra voce se tocar que por debaixo disso tem formas de dominação muito mais sutis e violentas.
Os Movimentos civis LGBT são os movimentos sociais que defendem a aceitação das pessoas LGBT na sociedade. Embora não haja uma organização central abrangente que represente todas as pessoas e os seus interesses, as organizações de direitos LGBT são numerosas e estão espalhadas por todo o Brasil.
Nos últimos anos esses movimentos expandiram o leque de diversidade. Hoje a sigla é uma sopa de letras LGBTQIA+ – adicionando o sinal de “+”, procura-se atender e representar quaisquer outras pessoas que não se sintam incluídas em nenhuma das outras identidades cobertas pelas iniciais da sigla.
Essa representatividade é recheada de objetivos muitas vezes inalcançáveis porque a abrangência é muito mais individual do que coletiva.
Os principais objetivos são:
- criminalização da LGBTfobia;
- fim da criminalização da homossexualidade e das penas correlatas;
- reconhecimento social da identidade de gênero;
- fim do tratamento das identidades trans como patologias;
- fim dos tratamentos de “cura gay”;
- casamento civil igualitário;
- permissão para casais homoafetivos adotarem crianças;
- respeito à laicidade do Estado e fim da influência religiosa nos processos políticos;
- políticas públicas pelo fim da discriminação;
- fim dos estereótipos LGBT na mídia e representatividade da comunidade nos meios de comunicação.
Eu, particularmente não usufruo de nenhum desses objetivos porque a minha realidade não se enquadra em nenhum perfil, pois nunca dei motivos para me discriminarem e identidade de gênero é uma coisa muito simples, sou homem que gosta de homem. Nunca precisei de tratamento para curar minha homossexualidade, nunca quis me casar no civil, nem com homem e nem com mulher.
Também, nunca quis saber de adotar crianças e se o estado é laico isso não me afeta porque as religiões sempre estiveram inseridas nas políticas em qualquer nível, municipal, estadual ou federal, mesmo que disfarçadas de LAICO.
Eu não sou a favor de políticas publicas contra a discriminação, pois homofobia sempre existiu e sempre vai existir, aqui ou em qualquer lugar do mundo, com mais ou menos intensidade.
Alguns poucos movimentos sociais são sérios e a maioria quer mídia e Ibope para favorecer seu nicho e suas especificidades. Há muitos interesses pessoais e não coletivos em quase todos os movimentos que eu conheci na vida.
Então esperar o que dos movimentos que não são sérios e que não defendem causas sociais nobres.🤔